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Ícone não é moda. É memória eclesial

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  O ícone não nasce da imaginação. Não é estética. É memória. É Tradição que não se inventa. P ensei muito antes de decidir escrever este texto. Não é meu interesse — nem minha intenção — que o que exponho aqui se transforme em matéria para debates ou contestações críticas sobre o trabalho ou o pensamento de ninguém. O único motivo que me move é partilhar alguns pontos fundamentais sobre os ícones e a iconografia. O que me decidiu, finalmente, foi uma convicção simples e incômoda: no mundo moderno, tudo parece poder ser reinterpretado. Mas, na arte sagrada, nem tudo pode ser reinventado. O ícone não nasce da imaginação do artista, mas da memória viva da Igreja. É isso que o distingue radicalmente da arte secular e da expressão individual. O ícone não é uma pintura religiosa: é teologia em cores. Cada linha, cada tom, cada rosto pertencem a uma linguagem recebida, na qual o visível se torna testemunho do invisível. Quando, então, os ícones se tornaram tão populares? Em que mome...